segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pesca de polvo de pote é nova alternativa em Cabrália

Pescadores de Cabrália tiveram a oportunidade de se capacitar para atuar em pescarias alternativas, que apresentam potenciais sustentáveis e promissores de produção na região. A secretaria de Agricultura, através da diretoria de Pesca e do Projeto Pescando com Rede 3G (Qualcomm, USAID, VIVO, ZTE do Brasil e Instituto Ambiental Brasil Sustentável - IABS) ofereceu curso gratuito de Pesca Alternativa de Polvo de Pote com Espinhel, entre os dias 15 e 17 deste mês. O objetivo foi redirecionar, para outras pescarias, pescadores que atuam sobre recursos já muito explorados, gerando novas alternativas de renda.

Participaram da oficina, cerca de 50 pescadores, da sede, do bairro de Coroa Vermelha e dos distritos de Guaiú e Santo Antônio. O curso foi ministrado pelo senhor Armando, pescador do estado do Ceará, trazido pelo IABS. O primeiro dia de aula foi destinado à parte teórica do curso, na oportunidade os pescadores conheceram a nova técnica, aprenderam a fazer o espinhel e também a diferenciar polvo macho de fêmea, entre outras ações que influenciam no sucesso da pesca de polvo. Nos dois dias seguintes os pescadores realizaram a parte técnica do curso, utilizando o barco escola do Projeto Pescando com Rede 3G.

Como funciona?

O polvo é um recurso com grande potencial de produção. O método de pesca com potes é uma alternativa na região porque não exige uso de isca nem grandes investimentos para equipar a embarcação. Potes são submersos na água presos por um espinhel (cordas). Os polvos, tomando-os por abrigos seguros, neles se introduzem, permitindo sua captura.

Sob o ponto de vista ecológico, sem perder a preocupação com o rendimento econômico, a adoção dessa modalidade de captura é excelente, pois permite alta seletividade das capturas, tanto em relação às espécies obtidas como ao tamanho e às condições biológicas dos exemplares. Com o seu uso é possível selecionar por tamanho os animais, que permanecem vivos até o momento da despesca, e devolver ao mar os exemplares de menor porte ou as fêmeas prontas para a desova, resultando em efetiva medida de proteção à fauna e ao ambiente.

Durante os dois dias de aulas práticas a primeira turma formada por pescadores de Santo Antônio e Guaiú lançaram no mar 4 espinheis com 100 podes cada, somando 400 potes. Já a turma composta por Cabrália e Coroa Vermelha colocaram 6 espinheis, chegando a 600 potes. A previsão é que os potes seja recolhidos daqui há 30 dias.

Finalizando o curso os pescadores retiraram do mar potes que haviam colocado antes do início das aulas e puderam degustar cerca de 10 quilos de polvo.

Fotografias Toni Ormundo


 Primeira aula foi teórica e reuniu cerca de 50 pescadores
 Participantes e organizadores aproveitaram o curso e trocaram experiências
 Pescadores aprendem como devem ser feitos os espinheis
 Alunos aproveitam as aulas
 Pescadores se preparam para colocar potes no mar
Alunos aprendem técnicas no barco escola

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